quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Sarna de ouvido / Doenças causadas por pulgas/Protozoários

Sarna de ouvido É muito comum gatos apresentarem sarna nos ouvidos. Muitos proprietários notam que seus animais estão se coçando mais do que o normal na região da cabeça, mas associam esse fato à infestação por pulgas. O proprietário, ao limpar os ouvidos de seu animal, vai notar a presença de uma grande quantidade de cêra nos ouvidos, de cor castanho bem escuro, quase preta. O cerúmen em excesso é causado por uma reação do conduto auditivo em decorrência da presença de inúmeros ácaros (sarna). A coceira é um sinal característico da sarna. O animal coça muito as orelhas e pode chacoalhar a cabeça insistentemente. Esse tipo de sarna fica restrito ao conduto auditivo, não aparecendo lesões no resto do corpo do animal. As pessoas que convivem com ele não correm risco de se infestarem. A sarna otodécica é exclusiva dos animais. O excesso de cêra nos ouvidos e o traumatismo causado pelo ato de se coçar violentamente com as patas traseiras, fazem com que o gato desenvolva inflamação nos ouvidos (otite), o que causa dor e agrava o desconforto. A sarna otodécica é contagiosa entre os animais. Quando há mais de um gato na casa, mesmo que apenas um apresente os sinais clínicos, todos devem ser tratados. O tratamento consiste em aplicar medicamentos parasiticidas no conduto do animal, diariamente, por um período de tempo prolongado, a critério do veterinário. O ácaro, embora não cause lesões fora do conduto auditivo, pode estar presente na pelagem do animal. Assim, além do tratamento nos ouvidos, banhos parasiticidas são aconselhados, além da desinfecção de mantas e caminhas onde o animal costuma se deitar. Mesmo após a cura, notada através da interrupção da coceira e desaparecimento da cêra, o animal pode se reinfestar se estiver em contato com outros animais ou ambiente contaminados. O ouvido sadio não apresenta cerúmen (cêra), odor desagradável ou coceira. Em qualquer um desses casos, leve seu amigão ao veterinário.
Doenças causadas por pulgas Muitos proprietários desconhecem que a infestação por pulgas pode causar muito mais do que uma simples coceira nos gatos. As pulgas podem causar danos diretos ou indiretos à saúde do animal. É bem verdade que no verão o problema aumenta, pois a pulga encontra condições muito favoráveis à sua reprodução, ou seja, calor e umidade. Mas é importantíssimo combatê-las não só nos meses quentes, mas o ano todo. Veja algumas doenças que o seu animal pode apresentar quando infestado por pulgas: Dermatite alérgica a picada de pulgas: é uma das alergias mais comuns nos gatos. É um problema que pode ser transmitido dos pais para os descendentes. A saliva da pulga causa uma forte reação alérgica no animal, desencadeando um prurido (coceira) muito intenso. Queda de pêlos, feridas, descamação e mal cheiro são sinais clínicos frequentes. Pode se desenvolver uma infecção na pele (piodermite). O tratamento é feito com antialérgicos, antibióticos (em muitos casos) e cicatrizantes. Como em qualquer outra alergia, não existe cura, apenas o controle. Os animais que desenvolvem a dermatite alérgica apresentam os sinais mesmo com pequenas infestações por pulgas. Assim, o combate ao parasita tem que ser intenso e é o único meio de se controlar a doença. Verminoses: a pulga pode transmitir vermes ao gato. O mais comum é o Dipylidium sp, que causa diarréia com muco e sangue. Os vermes tem aspecto de grãos de arroz quando encontrados mortos nas fezes ou pêlos, próximos à região do ânus do animal. Em grandes quantidades, o verme pode causar ataques convulsivos, uma vez que secreta uma toxina que age sobre o sistema nervoso. Todo animal que teve uma infestação por pulgas deve ser vermifugado. Anemia: a pulga se alimenta de sangue. Assim, se o animal tiver uma grande infestação por um tempo prolongado, ele poderá apresentar um quadro anêmico. Animais jovens ou idosos são mais susceptíveis. A anemia tornará o gato letárgico e inapetente. De nada adianta tratar a anemia se o animal continuar infestado pelas pulgas. Estresse: os animais podem ficar mais irritados, e às vezes agressivos, quando infestados por pulgas. A coceira intensa pode fazer com que o animal pare de se alimentar e perca pêso. Animais cardíacos ou com alterações na coluna (calcificações ou "bico de papagaio") podem ter o problema agravado pelo esforço constante em se coçar, chegando a ficar exaustos e ofegantes. Transmissão de vírus: acredita-se que as pulgas podem transmitir vírus de um animal doente para outro sadio. Dependendo da carga (quantidade) de vírus que a pulga "carregue" e a capacidade infectante dos mesmos, o animal poderá desenvolver a virose. Assim, podemos concluir que há motivos de sobra para combatermos as pulgas, que não só irritam o animal como podem causar danos à saúde dos nossos amigos. Protozoários Quando um animal é vendido, o criador informa se o cão ou gato já tomou ou deverá tomar as primeiras doses de vermífugo. No caso de animais adultos, a vermifugação é feita anualmente, de preferência um mês antes da vacinação. Essa vermifugação periódica é realmente necessária, porém, não é suficiente para seu animal. Os vermífugos não combatem os protozoários que são microrganismos que podem habitar o intestino dos animais, de forma sintomática ou não, ou seja, podem causar ou não sintomas. O mais importante é o fato de que alguns desses protozoários podem ser transmitidos ao homem, causando diarréias e dores abdominais. Nos animais, os protozoários mais dificilmente causam sinais clínicos em adultos. A Giardia sp pode causar diarréia em filhotes ou fezes de coloração esverdeada em cães ou gatos adultos. O Isospora sp pode causar diarréia líquida e com sangue em animais jovens. Associado a outras doenças como as viroses, os protozoários podem agravar o quadro clínico do animal. Cães e gatos podem adquirir protozoários da água contaminada, fezes de pássaros e carnes de animais infectados (ratos, por exemplo). O tratamento, seja em animais como no homem, é feito com antibióticos específicos. O vermífugo não age sobre os protozoários. Assim, considerando o potencial de transmissão ao homem, a falta de sinais clínicos nos animais adultos e a possibilidade de diarréias em filhotes, o exame de fezes é muito importante, pelo menos uma vez ao ano. É um exame rápido e barato, feito em clinicas veterinárias ou encaminhados por estas a laboratórios veterinários. Vida de cão...www.vidadecao.com.br

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